As 40 entidades presentes ao evento “A SAÚDE NA UTI” vão encaminhar um documento endereçado à Presidência da República contra a Proposta de Emenda Constitucional 241/16 do governo interino Michel Temer ao Congresso Nacional, limitando gastos públicos nos próximos 20 anos e que atinge em cheio a saúde e contra a criação de um plano de saúde popular. Esta foi a conclusão tirada hoje pela manhã, em Brasília, do ato promovido pelo Conselho Federal da OAB em defesa do financiamento para o Sistema Único de Saúde. Na presença do ministro da Saúde Ricardo Barros, em sua fala, o Diretor de Imprensa e Divulgação da FEESSERS, Emerson Pacheco, referiu-se ao Golpe de Estado em curso no país, afirmando que agora as entidades que o apoiaram estão vendo seus representados sendo atingidos, tendo suas prerrogativas violadas. A crise, segundo disse, é decorrente de uma falta prioridades. Para ele, os recursos existem e estão sendo drenados através da renúncia fiscal, da falta de cobrança dos grandes devedores da União. Ele defendeu a revisão das desonerações financeiras para as grandes corporações. “Assim como a questão previdenciária, onde o Governo Federal pretende punir os trabalhadores, criando novas regras para a aposentadoria. O que tem que ser feito é se cobrar os devedores e isto não vai acontecer”, ressaltou, “porque não cobrar será uma forma de retribuir aos que sustentaram o golpe”. Para ele, criar um plano de saúde popular é fazer retroceder o atendimento à população a um tempo anterior ao SUS, onde o atendimento era diferenciado em alas diversas nos hospitais para os que eram contribuintes e para os indigentes.