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CANGUÇU EXPECTATIVA DOS FUNCIONÁRIOS DO HOSPITAL DE CARIDADE HOJE COM ASSEMBLEIA DA ASSOCIAÇÃO

Na sexta-feira, 03 de março, os funcionários do Hospital de Caridade Canguçu (HCC), há quatro meses sem receber salários e nem o 13º de 2016, completaram dois meses em greve.
O dia 03 também marcou o término do trabalho do administrador Régis Silva frente ao Hospital. Enquanto o grupo que trabalhou com o gestor fazia uma confraternização de despedida, os funcionários faziam um protesto em frente à instituição, onde permanecem acampados.
Em entrevista hoje pela manhã à assessoria de imprensa da FEESSERS, o presidente do Hospital de Caridade de Canguçu, Armando Noé Morales, revelou que hoje (06/03) às 19h será realizada uma assembleia dos associados na sede do hospital, onde deverão ser traçados os rumos da instituição. Na ocasião, segundo consta no ofício que convoca a assembléia, será tratada a substituição dos diretores administrativo e técnico da administração, além da falta de recursos que instituição enfrenta.
Eleito para o cargo em 30 de dezembro, Armando Morales, que já havia ocupado o cargo, contou que uma nova contratualização com a Secretaria Estadual da Saúde (SES) já está em vigor desde meados de janeiro e que o valor total é de R$ 9.801.012,96.
No entanto, de acordo com o dirigente, o valor mensal de repasse do Estado, que deveria ser de em torno de R$ 816 mil, já primeira parcela só foi repassado R$ 290 mil. Ele ressalta que, de uma outra contratualização, o estado ainda deve R$ 199 mil de incentivos.
Ele ressalta que, se a SES pagasse o valor na integralidade, somados aos cerca de R$ 245 mil pagos mensalmente pela prefeitura, a situação do HCC seria outra.
Morales adianta que a instituição pediu mais R$ 100 mil para a Prefeitura de Canguçu e outros R$ 100 mil para a Câmara de Vereadores e que o objetivo é o de quitar o quanto antes possível os débitos com os funcionários.
A presidente do SINDISAÚDE de Pelotas, Bianca de Carla, tem estado presente em todos os momentos junto aos funcionários da casa. Ela lamenta a gravidade da situação enfrentada pelos trabalhadores. Ela e os demais dirigentes do Sindicato tem buscado todas as formas de que os trabalhadores recebam seus atrasados. “É uma verdadeira vergonha, os funcionários ter que trazer suas famílias para alimentar na frente do hospital com as doações que recebem”, enfatiza. O Sindicato já acionou a Câmara de Vereadores, que criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para examinar a questão e também está buscando uma solução junto ao Ministério Público do Trabalho.
Bianca observa que 30 famílias, cuja única renda é de funcionário do hospital estão passando fome, estão com energia cortada e sendo despejados de suas moradias alugadas.
Ao todo, segundo Bianca, o HCC, que possui 220 trabalhadores,
está com a farmácia sem medicamentos, o único elevador está parado por falta de peça e, por este motivo as gestantes não poderão realizar seus partos no local e outros pacientes tem que ser carregados escada acima.