Representantes da Feessers e Sindisaúdes filiados realizaram mais um movimento de reivindicação para a criação de uma faixa dentro do Piso Mínimo Regional para os auxiliares e técnicos de enfermagem, desta vez, em reunião no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do RS (CDESRS), na manhã de hoje (16).
Na ocasião, Milton Kempfer, presidente da Federação dos Trabalhadores, reafirmou a situação da escassez de mão de obra qualificada no setor da saúde devido à baixa remuneração.
“Estamos em um momento preocupante, pois há um esvaziamento no quadro profissional. Recentemente, um hospital de Curitiba fechou suas portas em função da falta de funcionários e aqui no RS estamos caminhando para a mesma situação. Precisamos rever com urgência o piso salarial e nosso pedido é que inicialmente a faixa se assemelhe ao do Estado do Rio de Janeiro, que está estipulado em aproximadamente R$ 1 mil”, afirmou.
Gilmar França, presidente do Sindisaúde-RS, salientou que a luta pela implantação da faixa salarial já dura sete anos e que a situação de caos engloba a todo o Estado. “Diversas instituições, inclusive o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que possuem salários acima da média, estão com problemas para manter trabalhadores qualificados. Muitos estão migrando para outras áreas, assim como no município de Rio Grande, onde os profissionais da saúde estão se transferindo para o polo naval”, disse.
De acordo com Marcelo Danéris, secretário-executivo do CDESRS, nos próximos dias o governador Tarso Genro receberá os trabalhadores em audiência no Palácio Piratini. Além disso, orientou que a valorização dos salários dos trabalhadores seja incluída na pauta da Câmara Temática de Saúde do RS e desta forma, seja debatida para entrar no Pacto Gaúcho pela Saúde.
Também estiveram presentes representantes dos Sindisaúdes de Passo Fundo, Erechim, Santiago, Lajeado, Caxias do Sul, Rio Grande, Cruz Alta, São Gabriel, Ijuí e Santa Rosa.
Graziele Corrêa – Mtb 14.890