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DIRETOR DA DRT RS DIZ QUE TRABALHO TEMPORÁRIO NÃO DEVE SUBSTITUIR EMPREGO

Empolgado com a Reforma Trabalhista do governo federal, o Superintendente da Delegacia Regional do Trabalho – DRT/RS Joaquim Viana Cardinal recebeu os dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS – FEESSERS. O encontro aconteceu na manhã de hoje, 04/05, na sede da delegacia, com a presença do Chefe da Segur – Sérgio Letízia Garcia. Com uma visão radical na defesa da reforma, Joaquim se colocou favorável a terceirização, mas entende que o trabalho temporário deve ser por prazo definido e no máximo dois a três meses de prorrogação somente.

Também estavam presentes o diretor de imprensa e divulgação e o de finanças da FEESSERS Emerson Pacheco e Carlos Weber, os presidentes dos Sindisaúdes de Erechim – Adilson Szymanski, Pelotas – Bianca D´Carla, Cruz Alta – Márcio Teixeira Barboza, Santiago – Airton Clérice, Bagé – Elaine Oliveira, São Gabriel – Cassimiro Cruz, Santa Rosa – Lino Puhl, Neuza Rambo representando São Borja e demais dirigentes.

Afinado com o projeto de reforma, ouviu as considerações do presidente da FEESSERS – Milton Kempfer e disse que as levará ao conhecimento do Ministro do Trabalho. Milton se referia à tendência, infelizmente, de piorar de forma insustentável a situação dos trabalhadores, caso as reformas propostas por TEMER, em tramitação no Congresso Nacional sejam aprovadas. Tais como: negociado sobre legislado, férias parceladas, jornada acima das oito (08) horas diárias e intervalo diminuído ou aumentado. Milton também apontou o risco de perdas irreparáveis com a Reforma da Previdência com previsão de idade mínima de 65 anos e tempo de contribuição de 49 anos. Lembrando que nossa categoria é formada por 85% de mulheres, que trabalham em condições insalubres e sob pressão constante, o que lhes garante o direito a aposentadoria especial. Condição que deverá ser extinta na atual proposta.

DENÚNCIAS

O superintentende da DRT disse que o momento pós reforma, manterá em pé apenas os sindicatos mais fortes, e que todos precisam se reinventar. Contestado pelos dirigentes, não se abalou. Para Joaquim Cardinal, nem mesmo a discussão sobre assédio moral se sustenta, já que ele, atuando como advogado, ganhava 9 em 10 casos. No entanto, concordou com Milton Kempfer, que dos 10 casos, apenas um conseguia apresentar as provas, o que é sempre muito complicado, devido ao próprio assédio e às condições de trabalho dos funcionários.

Contundente, o superintendente assegurou que todas as denúnicas, sejam de assédio moral ou de outra natureza, terão abrigo na DRT e serão levadas avante. Questionado sobre a fiscalização futura, numa possível reforma, observou que foram feitas várias alterações no texto original, o que deverá provocar uma readequação global.

BUROCRACIA LEVA CINCO ANOS

Ao ouvir relatos dos dirigentes sobre a questão burocrática, como por exemplo,
o registro de atas de posse, Joaquim Cardinal disse que o processo leva cinco (05) anos de tramitação e que não há perspectiva de mudança deste tempo. O mesmo referiu em relação a negativa de registrar o mandato sindical, quando os trabalhadores fazem parte de categorias que possuem sindicato de base estadual, cujo trabalhador não tem interesse em participar, sendo sócio do SINDISAÚDE LOCAL, por estar próximo e representado de forma mais eficiente, com liberdade e autonomia sindical garantida pela Constituição.

DOCUMENTO

O superintendente da DRTRS Joaquim Cardinal recebeu um documento do presidente da FEESSERS Milton Kempfer, com relato da situação dos trabalhadores em saúde, a preocupação com as reformas e pedido de melhoria na relação burocrática.