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Governo Federal precisa sinalizar o interesse sobre a implantação das 30 horas

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As dificuldades que encontramos no caminho não são fáceis, mas precisamos superá-las, comentou o diretor da CNTS, Valdirlei Castagna em sua saudação aos trabalhadores em saúde, durante a 5ª Plenária Pública sobre Saúde do Trabalhador, “para que possamos obter sucesso, uma vez que o governo federal fala sobre a redução da jornada de trabalho, mas ainda não sinalizou positivamente”, disse. A Plenária aconteceu no dia 12, em Passo Fundo.
Chamo a atenção sobre as dificuldades, disse ele, porque a discussão sobre a redução da jornada de trabalho não é nova, já vem de muito tempo. Segundo ele, já passou pelo Congresso, Senado e, por todas as comissões envolvidas, mas agora está travada, o que não podemos permitir. Aqui, nesta Plenária, enfatizou Castagna, estamos dando mais um passo na busca das soluções políticas para fazer nossos projetos andarem e para isso, existem várias atitudes que precisamos efetivar. Mais enfático ainda, alegou que “somos nós quem deve fazer a pressão, mas acima de tudo, é preciso que o governo federal assuma de vez o interesse em pautar o nosso projeto”.
Nesta linha, Castagna continuou sua fala, afirmando que é preciso que o governo sinalize de uma vez por todas o interesse de implantar as 30 Horas. Isto porque, lembrou ele, recentemente o governo disse que em 60 dias resolveria o impasse, mas já se passaram 60 mais 30 dias e nada aconteceu. E, ainda que se saiba dos problemas deste período, com a discussão do programa Mais Médicos e do Ato Médico, “não podemos ficar sempre à revelia das condições políticas do momento”.
Sobre o financiamento para a área da saúde, o diretor da CNTS observou que o Congresso aprovou recentemente o percentual de 25% dos royaltys do Pré-Sal para a saúde, o que significa forte reforço para as soluções buscadas. Além disso, informou que, com apoio da grande maioria das entidades ligadas à saúde, foi aprovado há um mês, projeto de lei de iniciativa popular, garantindo investimento de, no mínimo, 10% na saúde. Portanto, “recursos estão sendo assegurados para a virada necessária”.
Para finalizar, Castagna ressaltou o fato de que os trabalhadores em saúde continuam pagando a conta e ao mesmo tempo, são estas mesmas pessoas que garantem o atendimento do SUS, através do seu trabalho diário, enfrentando os baixos salários, as pressões internas e a falta de qualidade técnica dos hospitais, entre outros fatores. “Não queremos mais continuar pagando essa conta sem a contrapartida devida” lamentou.