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MENSALMENTE ESTAMOS COM A ESPADA NA NUCA ATESTA DIRETOR DO SINDIBERF

O cenário é de muita tensão, avalia o presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul – Sindiberf, André Emílio Lagmann, sobre a atuação situação do setor saúde. A fala foi dirigida ao presidente da Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS – FEESSERS Milton Kempfer e aos presidentes e dirigentes dos Sindisaúdes filiados, durante encontro na manhã desta quinta-feira, 04/05.

Segundo André Lagmann todos os meses, após o dia 10, inicia a tensão sobre o recebimento de parcelas devidas pelo estado, referentes principalmente ao financiamento feito junto ao Banrisul, no próprio nome, para viabilizar o recebimento de um débito que não é seu, mas do estado. Hoje, diz o presidente, são obrigados a recorrer ao refinanciamento de grandes hospitais do programa Caixa Hospitais, que embora a juros altos, é a condição mais acessível no momento. Comentou ainda, que de acordo com o vice-presidente da Caixa Federal, de toda a operação nacional, 30% é referente ao Rio Grande do Sul, o que é ruim e só demonstra a atual crise. “É uma espada constante na nuca”, complementou o diretor da entidade Jairo Tessari.

Milton Kempfer foi taxativo ao dizer que não dá para nos conformarmos com a situação, principalmente por parte dos hospitais. Sabemos, disse ele, que quando recebem recursos, nenhuma explicação sobre a aplicação é dada e em geral os trabalhadores em saúde seguem com os salários não pagos ou atrasados, sem falar nos encargos. Em contraponto, André Lagmann diz que não é posição da entidade deixar de publicizar de onde vem o dinheiro e onde será alocado. O presidente da FEESSERS propos uma mudança nesta forma de agir, para que tudo seja mais transparente, porque as cobranças são direcionadas para os Sindisaúdes, os quais não são responsáveis pela gestão hospitalar.

AUDIÊNCIA COM GOVERNADOR

Ambas as entidades lembraram de ações comuns em torno de uma solução, sendo o Sindiberf cobrado pelo afastamento do processo de mobilização no último período. Milton Kempfer voltou a pedir apoio do Sindiberf para que ajudem a gestionar uma audiência com o governador SARTORI, para que possam falar das condições subhumanas a que os trabalhadores vem sendo expostos e as consequências desta situação para para a sociedade como um todo.

ACORDOS

Por fim, diretores dos Sindisaúdes comentaram de pontos dos acordos já firmados, que os hospitais não estão cumprindo e precisam ser revistos. André Lagmann, que estava acompanhado também da Assessora jurídica Cristiane Paim Bandeira, disse que a crítica será tratada junto aos administradores.

PRESENÇA

Participaram da reunião o diretor de imprensa e divulgação e o de finanças da FEESSERS Emerson Pacheco e Carlos Weber, os presidentes dos Sindisaúdes de Erechim – Adilson Szymanski, Pelotas – Bianca D´Carla, Cruz Alta – Márcio Teixeira Barboza, Santiago – Airton Clérice, Bagé – Elaine Oliveira, São Gabriel – Cassimiro Cruz, Santa Rosa – Lino Puhl, Neuza Rambo representando São Borja e demais dirigentes e o assessor jurídico Luiz Henrigue Braga Soares.