FEESSERS foi elogiada pela forte atuação que vem realizando
É inaceitável o que estão fazendo com a saúde do estado, mas é inadmissível o que estão fazendo com os trabalhadores, jogados ao descaso, sem saúde física ou mental em função dos atrasos salariais, parcelamentos, não pagamento, nome “sujo” na praça, falta de crédito, falta de condições mínimas de sobrevivência e da própria família e ainda tomam conhecimento de altos salários que alguns administradores e profissionais considerados especiais recebem. O desabafo é de Milton Kempfer que representa mais de 120 trabalhadores da saúde do estado.
E esta indignação aconteceu no final desta manhã agitada (29/08) para os dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS – FEESSERS e Sindisaúdes filiados participando de audiência com a vice-presidente da Assembleia Legislativa deputada estadual Liziane Bayne – deputado Edegar Pretto não pode comparecer em função de problemas de saúde na família. A audiência foi inermediada pelo deputado e Líder do PT Tarcisio Zimmermann e contou com a participação dos também deputados Altermir Tortelli – presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente e de Nelsinho Metalúrgico. Representando os trabalhadores, o presidente da FEESSERS Milton Kempfer apresentou um documento contendo um resumo da situação da saúde no estado e uma amostragem do que está ocorrendo nos hospitais que enfrentam maior dificuldade nas regiões.
Esta é uma situação estrutural de desfinanciamento, apontou o deputado Tarcisio que saudou o trabalho que a federação vem realizando, afirmando que “tem sido um trabalho muito importante e fundamental na luta pela saúde, não poupando esforços em busca de soluções e de melhores condições de salário e vida para os trabalhadores e também na ajuda ao financiamento dos hospitais”.
CPI E FORÇA TAREFA
Após tomar ciência do quadro penoso dos hospitais e principalmente dos trabalhadores, com relatos de fome e falta de crédito no mercado, corte de luz, alguel atrasado entre outras situações dramáticas, o deputado Altemir Tortelli propôs a criação de uma CPI da Saúde. A ideia é abrir as contas, acompanhar a entrada do dinheiro no caixa do estado e roteiro que segue até o caixa dos hospitais e a decorrente aplicação do mesmo. Avaliar o ciclo todo. Além da CPI também será formada uma Força Tarefa com intuito de conseguir uma agenda com o governador SARTORI, que embora muitas tentativas, se recusa a receber os trabalhadores.
TRABALHADORES BANCAM O SISTEMA
Uma conclusão foi unânime, o sistema de saúde do estado está entrando em total colapso. Mas, como sempre, quem está bancando o atendimento do Sistema Único de Saúde – SUS são os trabalhadores.
SINDISAÚDES
Participaram os Sindisaúdes de São Borja, Caxias do Sul, Santiago, Passo Fundo, Cruz Alta, Pelotas e Santana do Livramento. Também vieram de Livramento a presidente da câmara vereadora Maria Helena Duarte e os vereadores Aquiles Pires e Márcia da Rosa e os dirigentes de Tupaciretã, Palmeira das Missões e Santa Bárbara. Pela federação os diretores Carlos Weber e Antonio Sérgio da Silva acompanharam os trabalhos. E, os presidentes dos Sindisaúdes Pedro Salaberry – São Borja, Bianca D’Carla – Pelotas, José Airton Clérice – Santiago, Maria Tedesco – vice de Passo Fundo, Silvio Vidart Madruga – Livramento.