A CUT-RS e centrais sindicais realizam no próximo dia 16, às 7h, um ato estadual unificado em defesa da CLT e da Justiça do Trabalho e contra a Reforma da Previdência, em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Avenida Assis Brasil, zona norte de Porto Alegre.
A decisão foi tomada por unanimidade em assembleia estadual realizada no final da manhã desta segunda-feira (8), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário, no centro da capital gaúcha. Estiveram presentes cerca de 100 dirigentes sindicais, representantes da CUT, CTB, Nova Central, UGT, Força Sindical, CGTB e CSP-Conlutas.
A atividade marcará no RS o Dia Nacional de Mobilização e Protestos contra a Flexibilização dos Direitos Trabalhistas e contra a Reforma da Previdência, aprovada em assembleia nacional das centrais ocorrida no dia 26 de julho, em São Paulo. Haverá mobilizações simultâneas em todas as capitais dos estados e nas principais cidades do País.
No início do encontro desta segunda-feira, após dirigentes da CUT-RS puxarem a palavra de ordem “Fora Temer”, foi lido o documento unificado das centrais, aprovado no evento realizado na capital paulista. “A luta que se deve travar requer organização e mobilização para resistir e combater ameaças ao regime de previdência e seguridade social, às relações de trabalho e emprego e às tentativas de criminalizar os movimentos sociais”, aponta o texto.
Clique aqui para acessar o documento das centrais.
Defender os direitos e construir a greve geral
“Estamos enfrentando um alinhamento dos infernos (maioria parlamentar no Congresso e a caneta na mão de um presidente golpista), que só se implantou pelo golpe, pois a pauta de ataques aos direitos jamais seria aprovada nas urnas”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. Ele destacou que “a alienação ainda é grande, devido à manipulação da grande mídia, pois o golpe não foi dado para acabar com a corrupção, mas para retirar direitos dos trabalhadores”.
Segundo Claudir, “querem acabar com o legado de proteção social do povo brasileiro, duramente conquistado com Getúlio, Jango, Brizola e Lula, e precisamos estar juntos combatendo os projetos dos golpistas, como o PLP 257/16, que desestrutura o serviço público e privatiza estatais, e defendendo os direitos dos trabalhadores, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Sistema Único de Saúde (SUS)”.
O presidente da CUT-RS lembrou que a assembleia da Fiergs não aprovou o apoio ao impeachment da presidenta Dilma, mas a entidade empresarial tem respaldado as ações dos golpistas para a retirada de direitos da classe trabalhadora. “Temos que criar as condições para construir a greve geral para defender os direitos e conquistas dos trabalhadores e evitar o retrocesso”, destacou Claudir.
Houve também manifestações das demais centrais, que frisaram a importância da unidade das entidades sindicais na defesa dos direitos dos trabalhadores.
A secretária de finanças da CUT-RS e representante da Frente Brasil Popular no RS, Vitalina Gonçalves, enfatizou ainda o apoio dos movimentos sociais para a manifestação em frente à Fiergs. “Nenhum direito a menos! Fora Temer”, salientou.
Ato contra as privatizações
Ao final, as centrais foram convidadas a participarem do ato que está sendo promovido pela Frente em Defesa das Estatais, a ser realizado na próxima sexta-feira (12), às 11h, na Praça da Alfândega, em frente ao Banrisul.
O objetivo é combater os projetos de privatizações e retirada dos direitos dos trabalhadores e as mudanças na gestão dos fundos de pensão, dentre outros, e defender o pré-sal e a Petrobras, os direitos dos servidores e os servidos públicos.
Haverá também o lançamento estadual da Campanha Nacional dos Bancários 2016.