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DIRETORES REÚNEM COM SECRETÁRIA ESTADUAL E APRESENTAM SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES DA SAÚDE

Valores não empenhados dos hospitais somam 153 milhões, empenhados 90 milhões, dívida com remédios 217 milhões, dívida com laboratórios 40 e 37 milhões, com prefeituras 162 milhões e 488 milhões empenhados. O pagamento da Média e Alta Complexidade – MAC está em dia. Este é o retrato da situação dos recursos para a saúde oriundos do governo do estado, apresentados pela secretária Arita Bergmann.

DÍVIDA PARCELADA

O governo do estado está propondo o pagamento dos atrasados dos hospitais parcelados em 36 vezes, no entanto, a Federação das Santas Casas solicitou que as instituições filantrópicas sejam pagas em primeiro lugar. A informação da secretária estadual de saúde, Arita Bergmann vem acompanhada do fato de que, para que seja viável a proposta, será preciso um acordo com as prefeituras, para que estas aguardem na fila. Desta forma, prosseguiu, dizendo que em seis meses tudo estaria pago e começariam a recuperação de 2019. Esta possibilidade foi dita na tarde desta terça-feira, 19/03, ao presidente da Federação dos Trabalhadores em Saúde do RS – FEESSERS Milon Kempfer, que estava acompanhado da diretora-presidente do Sindisaúde Santiago, Margarete Resmini, do presidente do Sindisaúde Vale dos Sinos, Andrei Rex, dos diretores do Sindisaúde de Caxias do Sul, Antônio Sérgio da Silva, de Alegrete, Jucelaine Machado e de Porto Alegre, Júlio Cesar Martins.

DOCUMENTO FEESSERS

A FEESSERS apresentou à secretária Arita um documento detalhado sobre a situação dos trabalhadores e dos hospitais em situação de maior crise, como as Santas Casas de Rio Grande e Pelotas e, sugestões para sair da condição atual e encontrar uma solução permanente. O presidente Milton Kempfer apontou três propostas: 1 – repasses em dia para os hospitais; 2 – revisão dos contratos existentes, principalmente a questão dos serviços prestados e, 3 – a atitude de realizar um movimento estadual para aumento do teto estadual de investimento, para a recomposição e abertura de novos serviços.

HOSPITAIS REGIONAIS

Além disso, também foi tratada a questão dos hospitais regionais, sendo a federação contrária a que se construam novos prédios, enquanto não for resolvido o problema das atuais instituições que agonizam. Milton Kempfer citou o caso de Palmeira das Missões, que recebeu via emenda parlamentar, o recurso de 73 milhões de reais, que estão parados nos cofres da prefeitura, enquanto o hospital da cidade definha. “O valor estocado poderia resolver os problemas de muitos hospitais da região” assegura o presidente da entidade.

A secretária Arita Bergmann diz concordar com a necessidade de colocar a situação da saúde em dia, para somente após, pensar na construção de novos hospitais. As duas exceções para ela, são o Hospital de Santa Maria que está sendo reativado na plenitude e o de Guaíba, que está em tratativas para que retome suas atividades. A FEESSERS visitou o hospital de Guaíba e os diretores ficaram estarrecidos em verificar que muitos dos equipamentos estão deteriorando em caixotes, aguardando uma decisão.

CONDICIONANTE

Claro que tudo tem um preço e, o governo do estado, via secretária diz que todo o esforço de recuperação passa também pela aprovação na assembleia legislativa, de projetos estruturantes, privatizações à exceção do Banrisul, reforma da previdência entre outras ações. Para a federação, a Reforma da Previdência não deve ser aprovada, porque seria um retrocesso na vida dos trabalhadores, já bastante prejudicados com a Reforma Trabalhista, que mexeu nos direitos adquiridos ao longo dos últimos anos e inclusos na CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas de 1988. “Esse é um debate para outros fóruns”, avaliou a secretária.

CONVITE

A Federação e os Sindisaúdes serão chamados para o debate sobre os pontos levantados na reunião, em busca de uma solução, comentou Arita Bergmann ao final do encontro.

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