Últimas Notícias

Encerrado o Estado de Greve dos profissionais do Hospital Santa Terezinha

Foi finalizado o Estado de Greve dos trabalhadores do Hospital Santa Terezinha, de Erechim. A decisão foi tomada pela categoria, em assembleia geral realizada na tarde de hoje, às 13h, em frente à instituição hospitalar.

A maioria dos trabalhadores presentes aceitou a proposta feita pela Prefeitura Municipal, que prevê o reajuste salarial de 22% para os técnicos de enfermagem e serviços de apoio – sendo 18% com repasse imediato e mais 4% em outubro deste ano. Além disso, os demais cargos tiveram um acréscimo de 10% em seus salários base e o vale refeição terá o reajuste igual ao dos funcionários municipais.

De acordo com Milton Kempfer, o encerramento do Estado de Greve não significa que os movimentos em busca de melhorias para a categoria serão encerrados. “Queremos manter uma mesa permanente de negociação, para continuar buscando a equiparação dos profissionais com os servidores do município, além da criação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Permaneceremos na luta sempre”, afirma.

Há uma insatisfação dos trabalhadores no que se refere à equiparação salarial. A gestão municipal, através de um documento, se comprometeu a igualar os rendimentos até 2016, no entanto, segundo Kempfer, o objetivo agora é trabalhar para a conquista do benefício até o ano que vem.

Outro ponto que gerou revolta nos trabalhadores foi o índice de reajuste dos auxiliares administrativos, que ficou em 10%. O grupo de profissionais presentes na assembleia  não aceitou a proposta e permanecerão mobilizados para conseguir no mínimo o mesmo percentual dos técnicos de enfermagem.

Para Adilson Szymanski, presidente do Sindisaúde Erechim, mesmo com a insatisfação em função da falta da equiparação salarial, o movimento teve um saldo positivo.

“Nunca tivemos a participação dos trabalhadores de forma tão contundente, acredito que os profissionais tenham adotado uma nova forma de agir, de buscar os seus direitos. Sentimos o apoio até mesmo dos funcionários que não estavam nas ruas, mas de certa forma nos incentivaram”, afirma.

Ainda de acordo com Szymanski, o apoio da comunidade foi fundamental para o sucesso do movimento. “Agradecemos à população que compreendeu que nosso apelo era justo, legítimo e necessário”, finaliza.

Graziele Corrêa – Mtb 14.890