Terminou no final da tarde desta sexta-feira (06/01) a greve dos funcionários do hospital são Carlos, de Farroupilha. A categoria aprovou o fim da paralisação após oito dias, com proposta de que o pagamento da totalidade da segunda parcela do 13º salário será feito até a próxima sexta-feira, dia 13 de janeiro. A paralisação se deu pela falta de pagamento do 13º salário, cuja data limite era o dia 20 de dezembro de 2016.
Pela proposta aprovada em assembleia, os integrantes do movimento terão garantia de 60 dias de estabilidade e abono dos dias parados. Com a aprovação da proposta, construída entre a direção do Sindisaúde e diretores do hospital, o retorno ao trabalho se deu ainda no turno da noite desta sexta-feira. Também foi Ana assembleia a manutenção do estado de greve, o que possibilita a retomada do movimento grevista caso não seja cumprido o acordo por parte dos gestores da instituição.
O presidente do Sindisaúde de Caxias do Sul, Danilo Teixeira, avaliou que a proposta foi positiva, considerando as condições financeiras do hospital. “Foi a proposta possível de ser construída. Os trabalhadores, certamente, gostariam que fosse diferente, mas este acordo foi o melhor para todos no momento”, afirmou o dirigente.
Categorias unificadas
Ao contrário de reivindicações anteriores, o movimento dos funcionários do hospital São Carlos ganhou um ingrediente especial este ano: a união entre técnicos de enfermagem, profissionais de outros setores do hospital e a categoria dos enfermeiros, o que tornou a manifestação mais forte. A direção do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio Grande do Sul esteve presente durante os oito dias de paralisação.
Manifestações de protesto
O momento marcante da paralisação ocorreu no dia 1º de janeiro, data da posse do prefeito e vereadores eleitos de Farroupilha. Os funcionários em greve escolheram a data para fazer uma caminhada até a Câmara de Vereadores, onde se dava a cerimônia de posse dos eleitos. A temperatura subiu durante o discurso do prefeito Claiton Gonçalves. Houve vaias e muito barulho, obrigando o prefeito a interromper o discurso por duas vezes. Diante da situação, os responsáveis pelo cerimonial acionaram policiais da Brigada Militar para acalmar os ânimos dos grevistas. Não houve incidentes. Os policiais apenas conversaram com os manifestantes e a situação foi normalizada.
Texto e foto Jânio Medeiros.