O presidente do SINDISAÚDE de San’Ana do Livramento, Silvio Madruga, e a vice, Ângela Rosane Fernandes, quebraram o protocolo da visita do governador à cidade e conduziram Tarso Genro à Praça Oriovaldo Grecellé. No local, eles relataram a luta dos trabalhadores da saúde e dos movimentos sociais pela reabertura da Santa Casa – interditada pelo CREMERS em outubro de 2009 e reaberta em março de 2010.
Após a cerimônia de inauguração da nova UTI da Santa Casa de Misericórdia, no dia 16 de junho, Silvio Madruga fez um pequeno discurso “ao pisar no território que marcou a luta pela reabertura do hospital nos tempos da sua crise”.
Ele pediu ao governador para que ele olhasse com carinho para a Santa Casa e impedir que ela passasse “por mais uma situação como aquela e deixar uma população de 80 mil sem nenhuma assistência hospitalar”.
O dirigente também lembrou para Tarso que a luta havia sido liderada pelo ex-presidente do sindicato, José Paulo da Silva, falecido em abril de 2011. Disse que o hospital, que tem 90% de sua receita proveniente do SUS, só voltou a funcionar depois da demissão de cem dos seus 350 funcionários.
“A grande maioria dos quais ainda não recebeu seus valores rescisórios, dois anos depois da demissão. Poucos, por doença grave e pelo Estatuto do idoso. Eles continuam desempregados porque em Livramento não tem mais mercado”, observou.
Contou ainda que o SINDISAÚDE liderou uma greve de quase três meses por falta de pagamento dos salários. “Foram deixados de ser realizados depósitos de INSS e FGTS por mais de duas décadas”.
Para Silvio, a inauguração da nova UTI do Tipo II, adaptada para atender casos de alta complexidade, com capacidade ampliada para 10 leitos, eleva o patamar financeiro da Santa Casa, vai permitir que se realizem procedimentos de alta complexidade em diversas áreas como oncologia, cirurgia geral e ortopedia.
O valor global da obra foi de R$ 420 mil com recursos provenientes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que foram repassados ao município para a sua execução. O hospital, inaugurado em 1903, possui 169 leitos, e é hoje dirigido por uma associação beneficente.
Rosa Pitsch (MTb-5015)