Com diferentes datas-base, os(as) trabalhadores(as) vinculados às instituições beneficentes, religiosas e filantrópicas estão sem aumento desde 2015 e lutam pela reposição do INPC integral. O Sindiberf, mais uma vez, demonstrou resistência, mantendo a proposta de 5% já apresentada no ano passado, argumentando dificuldades financeiras para conceder o repasse integral do INPC de 2016.
O presidente do SERGS, Estevão Finger, lamentou profundamente a postura da patronal, que adota o falso discurso da crise como argumento para não valorizar os(as) profissionais. “É lamentável também a tentativa da patronal de desqualificar a mobilização e união das entidades sindicais na mesa de negociação”, protestou.
A secretária geral do SERGS, Denize Cruz, trouxe a realidade dos hospitais filantrópicos do interior do Estado, que passam por graves problemas de gestão e não valorizam seus trabalhadores(as) há muitos anos. Lembrou que já aconteceram repasses de verbas consideráveis não refletidos em aumento de salário para a enfermagem e demais trabalhadores(as).
O desembargador João Pedro Silvestrin, que tem conduzido todas as mediações até o momento, apresentou como proposta ao Sindiberf o pagamento imediato de 5% referente ao dissídio de 2016/2017, de forma retroativa (na folha de maio), ressaltando que a mesma atende apenas minimamente os interesses das categorias profissionais.
Propôs também que o acordo a ser firmado já contemple o INPC deste ano para as convenções coletivas 2017/2018, com pagamento de 50% na data-base de cada categoria e da segunda metade em 60 dias.
O Sindiberf tem até o próximo dia 24 para dizer se concorda ou não com esta proposta. A partir daí, os sindicatos de trabalhadores(as) da saúde poderão convocar suas assembleias para fechamento do acordo.
É importante ressaltar que mesmo com a extrema resistência do Sindiberf em negociar, essa é uma tentativa de acordo conquistada após muitas horas de discussão pelos representantes de todas as categorias profissionais presentes no encontro.
Acompanhe as próximas notícias sobre esta mediação e sobre as negociações 2017. Só com muita luta e mobilização vamos conseguir garantir direitos e avançar.