Sem receber há dois meses, funcionários do Hospital de Caridade de Palmeira das Missões estão em greve por tempo indeterminado desde ontem (14/08) ao meio dia. Apenas estão sendo atendidos casos de urgência e realizadas cirurgias de risco no hospital porque 90% dos trabalhadores, entre eles também os enfermeiros, paralisaram suas atividades.
O SINDISAÚDE instalou uma barraca na Praça Getúlio Vargas, onde os trabalhadores estão reunidos em vigília e onde recebem as doações de alimentos da população. De acordo com a presidente do Sindicato, Terezinha Perissinotto, 35 funcionários estão sem nada para comer em casa. Ela diz que a situação é de calamidade e que o objetivo e manter a paralisação até que sejam efetuados os pagamentos de junho e de julho.
O dilema parece não ter fim e a situação de penúria, com aluguel, luz, água e contas atrasadas, se repete como no ano passado, lamenta a dirigente que ontem, em companhia do presidente da Federação dos Trabalhadores sem Saúde do RS (FEESSERS), Milton Kempfer, e do presidente do SINDISAÚDE DE Santiago, José Airton Clérice, estiveram à noite na sessão da Câmara Municipal.
Na ocasião, Milton e Terezinha fizeram uso da palavra, fazendo um apelo aos vereadores para que busquem amanhã (16/08), às 11h, uma solução na audiência que eles e o prefeito de Palmeira, Eduardo Freire, tem agendada com o secretário adjunto da Saúde do Estado, Francisco Paz.